Diagnóstico
O exame físico geralmente é normal, com a exceção de tumores palpáveis e nos casos de rutura, com achados típicos de hemoperitônio. Exames laboratoriais costumam ser normais, mas podem apresentar elevações pequenas de transaminases e enzimas canaliculares. O ultra-som e a tomografia diagnosticam a lesão sem dificuldades, apesar da comprovação não ser tão fácil. Como há redução na quantidade das células de Kupffer, a cintilografia com enxofre coloide radioativo mostra área com pouca captação do colóide. A lesão tem aumento de vasos, que pode ser observado na ressonância e na angiografia, que mostra vasos com fluxo centrífugo. Para complicar mais, pode haver uma cicatriz central avascular como na hiperplasia nodular focal e alguns adenomas podem ser hipovasculares.
Adenomas costumam ser únicos e geralmente grandes (> 10 cm). Na biópsia hepática, pode ser difícil diferenciar o adenoma do fígado normal e do hepatocarcinoma bem diferenciado. Além da diferença sutil entre a aparência dos hepatócitos normais e a dos tumorais e a ausência das células de Kupffer, um achado característico é a presença de arteríolas intralobulares "flutuando" sem a tríade usual de arteríola, ducto biliar e trato portal. Outros achados possíveis são a presença de células gigantes, colestase, hialinos "alcoólicos" e inclusões de alfa-1-antitripsina.
Evolução Clínica
Até um terço dos indivíduos podem se apresentar com hemoperitôneo pela rutura do tumor, necessitando de cirurgia de urgência. Apesar da ocasional transformação para hepatocarcinoma, o maior risco é mesmo a rutura.
Tratamento
O tratamento é cirúrgico sempre que possível, pelo elevado risco de hemorragia e um menor risco de transformação em câncer. O tratamento pode ser feito por cirurgia aberta ou laparoscópica, dependendo da experiência do cirurgião. É possível o tratamento percutâneo do tumor, com resultados aparentemente bons com a ablação por radiofrequência. Como há a possibilidade de regressão espontânea de lesões pequenas com a interrupção do uso de contraceptivos, essa pode ser uma opção em casos limitados. Quando não for realizada cirurgia, os pacientes devem ser seguidos de perto para o caso de transformação maligna ou crescimento do tumor. Recomenda-se portanto a suspensão dos contraceptivos e evitar gravidez, que é no entanto segura em mulheres já operadas sem sinais de recidiva do tumor.
Prognóstico
Com a interrupção do uso de contraceptivos orais e extração do tumor, o prognóstico é excelente.
POSTADO POR: Maria Albertina Deodato de Brito,em 23 de abril de 2010 às 10:30
REFERÊNCIAS: http://www.hepcentro.com.br/tumores_benignos.htm
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